Matheus Pacheco dos Santos
Universidade Federal do Paraná, Paraná, Curitiba, Brasil.
Patricia do Rocio Dalzoto
Universidade Federal do Paraná, Paraná, Curitiba, Brasil.
RESUMO
A microbiologia forense, área das ciências forenses, utiliza microrganismos no intuito de auxiliar na elucidação de crimes, sendo a micologia forense aquela que emprega o estudo dos fungos em perícias criminais. De acordo com diversos autores, embora seja uma área relativamente nova, apresenta um grande potencial na determinação do intervalo post mortem (IPM) quando, por exemplo, se localizam covas clandestinas; na determinação de locais de crimes; na atribuição de culpa a um suspeito relacionando-o ao local do crime e, ainda, em casos de intoxicação fúngica criminosa. O objetivo desta revisão foi fornecer maior visibilidade para o potencial dos fungos em análises forenses. Para tanto elaborou-se revisão de artigos publicados referentes ao tema dos últimos 30 anos (1993-2023). A pesquisa foi realizada por meio das plataformas Google Scholar e PubMed, empregando as seguintes palavras-chave: “Micologia forense”, “Forensic mycology”, “Taphonomic mycota”, “Microbiota cadavérica” e “Ammonia fungi”. Foram encontrados 33 trabalhos sobre o tema em português, inglês e espanhol, sendo 23 deles publicados nos últimos 10 anos. Isso evidencia o interesse crescente na micologia forense e seu potencial no âmbito criminal, embora seja uma área ainda incipiente que carece de mais estudos. Pesquisas da funga local, solo, da forma e quantidade de compostos orgânicos que são liberados no solo durante o período de decomposição, são imprescindíveis para que a micologia forense seja considerada precisa e, desta maneira, tenha mais potencial de utilizada na perícia criminal.
PALAVRAS-CHAVE: Fungos. Perícia criminal. Micologia forense.
DOI: https://doi.org/10.51147/rcml083.2024