Artur Assreuy Diniz
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
Bárbara Pimenta Sousa
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
Gabrielle Goulart Rodrigues dos Santos
Centro Universitário UNA, Belo Horizonte, MG, Brasil
Pablo Alves Marinho
Instituto de Criminalística de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
RESUMO
O ecstasy é uma droga de abuso popular, ilegal, cuja comercialização ocorre principalmente na forma de comprimidos e cristais. Dados da literatura indicam uma elevação nos teores de 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) nos comprimidos nos últimos anos, o que aumenta o risco de intoxicação e morte para os usuários. Nesse contexto, este estudo tratou do desenvolvimento de um método para identificação e quantificação de MDMA em comprimidos tipo ecstasy (n=49) e cristais (n=8) apreendidos pelas forças de segurança pública do Estado de Minas Gerais entre os anos de 2020 e 2021. A quantificação do MDMA foi realizada por LC-MS/MS, com fonte de ionização por electro spray (modo positivo), utilizando analisador triplo quadrupolo. O preparo das amostras foi realizado por extração do material (10 mg) em metanol (10 mL) em banho de ultrassom por 10 minutos, seguido de diluição e injeção no LC-MS/MS. As maiores variações nas concentrações de MDMA foram observadas nos comprimidos, enquanto os cristais apresentaram maiores teores de pureza. Constatou-se um teor médio de 122,5 mg de MDMA por comprimido, bem como elevada variação nos teores da droga (4,0 a 236,8 mg). Já os cristais apresentaram pureza média de 93,4% m/m. Este é o primeiro estudo publicado no Estado de Minas Gerais que reporta os teores de MDMA em amostras ilícitas apreendidas. Estudos como este devem ser realizados, sistematicamente, a fim de acompanhar as tendências do comércio ilícito de drogas sintéticas e estimar os riscos à saúde dos usuários de ecstasy.
PALAVRAS-CHAVE: MDMA. Ecstasy. Quantificação. LC-MS/MS. Química forense.
DOI: https://doi.org/10.51147/rcml069.2023
