Lívia Carolina Bello Jardim
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Julio de Carvalho Ponce
Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Instituto de Criminalística, São Paulo, SP, Brasil
Luiz Ferreira Neves Junior
Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Instituto de Criminalística, São Paulo, SP, Brasil
Vilma Leyton
Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
RESUMO
O consumo de cocaína pela população adulta é uma realidade mundial. A fim de aumentar o lucro da droga de rua, seus componentes são comumente adulterados com substâncias químicas capazes de mimetizar ou potencializar seus efeitos. Com o objetivo de descrever os adulterantes mais comuns identificados em amostras de cocaína apreendidas na cidade de São Paulo no primeiro semestre de 2021, foi realizado um estudo retrospectivo por meio da coleta de dados de amostras de cocaína analisadas pelo Núcleo de Exames de Entorpecentes do Instituto de Criminalística da Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo. Os resultados das 1.809 amostras analisadas por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas revelaram que apenas 5,03% continham cocaína como única substância ativa. Foram identificados, em ordem decrescente de prevalência, os adulterantes: cafeína, lidocaína, tetracaína, fenacetina, levamisol, procaína, aminopirina, cetamina, benzocaína, acetaminofeno e teofilina.
PALAVRAS-CHAVE: Cocaína. Cafeína. Adulterantes. Apreensões. São Paulo.
DOI: https://doi.org/10.51147/rcml076.2023
